Autismo é um Transtorno de Neurodesenvolvimento. Essa classe de transtornos se caracteriza por se desenvolverem bem cedo, em geral antes mesmo da criança ingressar na escola.
O nome completo do autismo é Transtorno do Espectro Autista, abreviado para TEA, e trata-se de uma disfunção neurológica cujas 3 principais características são:
- Déficit na interação social;
- Déficit na habilidade de comunicação;
- Comportamentos repetitivos.
Quais são os sintomas do autismo?
Alguns sintomas visíveis do autismo são os seguintes, mas não se limitam a:
- Dificuldade para iniciar conversas;
- Dificuldade para compartilhar emoções;
- Dificuldade no uso de linguagem não-verbal, como expressões faciais e gestos;
- Dificuldade para manter e compreender relacionamentos;
- Dificuldade para adaptar o comportamento de um contexto para outro;
- Movimentos repetitivos com o corpo (estereotipias, ecolalia, girar, alinhar objetos, etc.);
- Inflexibilidade na rotina;
- Interesses fixos anormalmente intensos;
- Reação extrema e intensa a aspectos sensoriais do ambiente (hipersensibilidade);
- Ausência de reação a certos aspectos sensoriais do ambiente (hipossensibilidade);
Qual é a causa do autismo?
Muitas teorias já foram formuladas em relação à causa do autismo. Atualmente, a hipótese mais aceita é a de que o autismo não tem uma causa única, mas sim uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
Essa circunstância favorece a má formação cerebral no início da geração do feto.
Sendo assim, é importante esclarecer que a falta de atenção dos pais pela criança, vacinas e traumas psicológicos não causam autismo. Também, o autismo não é adquirido na vida adulta, mas está presente antes mesmo do nascimento.
O autismo tem cura?
Não. O autismo não tem cura e não há como evitar que alguém pré-disposto geneticamente nasça com autismo. Também, o autismo também não é contagioso. Você não se torna autista só porque convive diariamente com outros autistas.
Como diagnosticar o autismo?
O acesso a profissionais especializados em autismo varia muito de lugar para lugar. O ideal é que ninguém faça um autodiagnóstico. É bom deixar essa tarefa para quem está devidamente qualificado.
O autismo também não pode ser diagnosticado através de exames como eletroencefalograma, exames de sangue, raio-X e outros, pois estes são incapazes de detectar o autismo. O diagnóstico só pode ser feito puramente através de testes e análise do comportamento.
E quais são os profissionais qualificados para diagnosticar o autismo? Psicólogos, psiquiatras, neurologistas e neuropsicólogos com especialização em autismo são os tipos de profissionais que se deve recorrer para esse diagnóstico. Sem essa especialização, mesmo o profissional mais competente pode fornecer um diagnóstico incorreto e impreciso.
Pode-se levar várias semanas, e até mesmo meses, para que se consiga o diagnóstico de autismo. Sendo assim, é bom sempre estar preparado para fazer várias sessões antes de iniciar com esse processo. Os melhores profissionais nunca vão se apressar para dar o diagnóstico.
FIQUE ATENTO!!!
Não existe diagnóstico rápido para autismo! O diagnóstico de autismo leva vários meses para ser concluído! Isso acontece porque é necessário muitas entrevistas, muitas conversas e muitos testes para se ter absoluta certeza de que se trata de autismo e não de outro transtorno. CUIDADO com profissionais que fazem o diagnóstico parecer fácil e rápido!
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Referências
Associação Psiquiátrica Americana. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 2014. Porto Alegre: ARTMED, página 31.
Volkmar, e Wiesner. “O que é autismo?” 2017. https://statics-submarino.b2w.io/sherlock/books/firstChapter/133833760.pdf (acesso em 10 de Abril de 2020)
VARELLA, Drauzio. Possíveis causas do autismo. São Paulo. Publicado em 28 abr. 2011. Revisado em 11 mar. 2024. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/possiveis-causas-do-autismo-artigo/. Acesso em: 11 maio 2024 às 11h58.