Eu só consegui me sentir próximo de outros quando eu finalmente descobri que eu era autista. Eu não tinha consciência das minhas necessidades emocionais. Na verdade, eu ainda não tenho, mas pelo eu menos eu consigo enxergar um panorama.

Eu fiquei, por muito tempo, preso num emaranhado de máscaras sociais criadas na tentativa de me identificar com alguém. E como os meus interesses são, de certa forma, bastante amplos, eu ficava perdido ao definir quais deles era o meu núcleo. Aos poucos, estou me re-apropriando daquilo que é meu por direito, de todos os interesses que eu deveria ter desenvolvido nas 2 décadas atrás. Também estou redefinindo os meus sentimentos e recriando os laços de amizade.

Então, descobrir que se é autista é mais do que ter um papel com uma assinatura. Significa que você vai ter uma pessoa melhor, um amigo melhor, uma família melhor e uma comunidade melhor. Se você entende isso, você faz a sua vida, a minha e a de milhões outros autistas muito mais feliz e satisfatória.


Foi com esse objetivo em mente que eu escrevi meu livro Autismo Aos 26. Acompanhe minha jornada clicando no link abaixo.

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