Muitas pessoas se concentram muito na linguagem falada e esquecem que comunicação é muito mais do que falar. É possível se comunicar através de gestos, através de expressões faciais, desenhos, música, batidas e por aí vai.

Comunicar-se com alguém é muito mais do que saber falar um idioma. É necessário ter interesse em compreender o outro. Se esse interesse for sincero, a comunicação vai acontecer, mesmo que de maneira limitada.

O que acontece com autistas é bem interessante. Muitos autistas não são falantes. Isso quer dizer que eles não usam a voz para falar. Será que isso os torna inferiores? Não, de maneira alguma.

Por exemplo, você nem sempre usa a voz para conversar com alguém. Às vezes, você utiliza mensagens de texto, gestos e expressões faciais. Claro que o ser humano foi feito para usar a voz, mas nós encontramos outras maneiras de falar quando isso não é possível.

Há autistas que preferem não falar. Você precisa respeitar isso. Para eles, a voz é que é a comunicação alternativa.

Se você entende o que alguém quer dizer, mesmo que a pessoa não esteja falando, qual o problema? Nenhum.

O ciclo da comunicação se completa quando os dois conseguem entender uma mensagem usando o mesmo método. Esse é o mais importante: entender.

Portanto, se você encontra algum autista que não usa a voz, não se acanhe. Você tem na sua frente a oportunidade de aprender uma nova linguagem. Você só tem a ganhar com isso.


Quem enfrenta grandes desafios com a comunicação de autistas que não usam a voz sãos mães. Eu preparei um livro especificamente para elas entenderem um pouco mais sobre como conversar e tratar os filhos autistas.

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