20 de abril. Nesse dia eu comecei a gostar de escrever no Instagram. Eu queria que aqueles que entrassem no meu perfil vissem como eu gosto de organizar tudo. Por incrível que pareça, eu não fazia isso antes.

Acontece que a maioria das pessoas que me visualizavam na internet aparentemente não falavam dos detalhes que eu colocava. Elas pareciam não se preocupar: “Como isso foi feito? Como isso foi escrito? Olha só que detalhe interessante! O que isso significa?” Por causa disso, eu comecei a fazer as coisas de maneira superficial, sem muito capricho. Afinal, quem que iria observar os detalhes?

Só que depois que eu comecei a visitar as contas de pessoas autistas, eu percebi que eles faziam tudo nos mínimos detalhes. Eu me identifiquei com isso! Os textos que eu leio dos autistas que eu acompanho (não dá pra ler tudo) são sempre muito coerentes. Eles têm início, meio e fim. Eu pensei: “Poxa, é para pessoas assim que eu quero escrever.” Eu percebi que, se eu utilizasse todo o meu potencial para escrever para eles, eu seria, de certa forma, mais valorizado.

Por isso que eu não abro mão do formato da minha conta no Instagram. Quero que ela seja padronizada e lógica. Pode não ser o padrão mais inteligente, mas eu faço o melhor. Eu quero que até os mínimos detalhes sejam notados.

Desde então, eu nunca deixei de cuidar dos detalhes. No final, são eles que brilham.


Eu pensei bastante nos detalhes ao criar a capa e os temas do meu livro. Talvez algum dia eu explique o significado dos símbolos nela, ou pode ser que eu deixe você observar os detalhes e deduzir o significado pelo conteúdo.

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